29.1.20

CIZÂNIA: Joanna de Ângelis




O espírito de cizânia que predomina em muitos grupos humanos decorre dos conflitos de indivíduos que não se encontram psicologicamente amadurecidos para o convívio em sociedade.

Sempre encontram razão para gerar dificuldades, nos relacionamentos, apontando erros e poupando-se a solucioná-los.

Enfrentando desafios interiores de ajustamento e equilíbrio pessoal, transferem para os outros os tormentos de que são objeto, criando situações embaraçosas, perturbando a ordem, apresentando-se como salvadores dos demais e vítimas de todos.

Atormentados, em si mesmos, não crêem nos valores ético-morais do grupo em que se encontram, tornando-se, invariavelmente, aqueles que sempre discordam, que possuem melhores e mais profundos conhecimentos, no entanto, que se dizem perseguidos e malsinados.

Apresentam-se, não poucas vezes, travestidos de uma humildade que estão longe de possuir, ou são arrogantes, prepotentes, atribuindo-se valores que igualmente não possuem.

Agitados, dão a impressão de operosos, quando, em realidade, são apenas instáveis emocionalmente, abraçando diferentes propostas de trabalho, que não sabem executar.

Habilmente, apresentam suas idéias, mas transferem o esforço para os outros, desejosos sempre que os seus amigos abandonem os seus próprios compromissos, a fim de ajudá-los naquilo que pretendem, por considerarem ser de suma importância, quando não passam de campeonatos de vaidade pessoal e de promoção do ego.

São gentis na aparência e, quando contrariados, logo apresentam a outra face, a da agressividade.

Impulsivos, falam sem pensar, escrevem desarrazoadas acusações, dominados pela ira, acreditando-se únicos possuidores da verdade, que dizem defender.

São insinuantes, a princípio, para logo demonstrarem as reações íntimas e absurdas.

Fazem-se iracundos com facilidade e expressam sentimentos que não são verdadeiros, quando desejam conquistar simpatizantes para os seus objetivos.

Insinuam-se com facilidade onde desejam reinar, a fim de alterarem o clima de fraternidade, mediante intrigas bem trabalhadas, acusações descabidas, frutos da inveja e da insensatez.

A cizânia é uma arte terrível, de que se utilizam os Espíritos moralmente fracos, para torpedearem as realizações edificantes. 

Tem cuidado com eles.

Não disponhas do teu tempo, gastando-o inutilmente nas discussões infindáveis que geram, a fim de lograrem a autopromoção.

Incapazes de produzir com elevação moral, exaltam-se, apresentando-se como grandes realizadores, assim diminuindo o esforço dos outros, de que se utilizam, na condição de defensores dos Espíritos nobres que deram sua quota de sacrifício em favor dos ideais que abraçavam, como se estes necessitassem dos seus encômios e referências.

Esses indivíduos encontram-se por toda parte.

Imiscuem-se nos labores edificantes que já encontraram em realização, desejando a autopromoção, e logo geram dificuldades que perturbam e produzem sofrimento às pessoas honestas, normalmente suas vítimas.

São acusadores sistemáticos, perversos, dissimulando-se de colaboradores ou apresentando-se como vigias que ajudam, preservando o patrimônio superior que dizem ameaçados.

Não se dão conta de que os ideais sempre vicejaram antes deles, prosseguirão apesar deles e após passarem no rumo da sepultura...

Se te encontras abraçando uma realização dignificadora, não ficarás livre da sua peçonha, nem dos seus espículos.

Não percas tempo defendendo-te ou acusando-os.

Segue adiante!

Ninguém alcança o acume de um monte, se permanece na baixada evitando cair nos precipícios ou tentando eliminá-los.

Tampouco procures justificar-te, quando eles criarem embaraços para os teus pés.

Considera-os doentes espirituais e compadece-te das suas façanhas infelizes, mas não pretendas salvá-los.

Cuida de promover o teu serviço, dando-lhe continuidade e vivenciando-o com alegria, sem queixas nem reclamações.

Mesmo o Colégio Apostólico sofreu, periodicamente, o fermento da cizânia, que o amor de uns e a abnegação de outros conseguiu diluir.

Desde que não buscas o aplauso, nem os benefícios imediatos do reconhecimento humano, prossegue em frente, aplainando o solo do ideal, ensementando as plântulas que formarão a paisagem do futuro, enfrentando sol e chuva, calor e frio, com o entusiasmo de quem se entrega a Deus e n´Ele confia.

O espírito de cizânia é artifício do Mal, que se apresenta em todos os segmentos da sociedade de hoje, como existiu ontem, e, provavelmente, ainda estará presente por algum período nos dias do futuro.

Nunca desanimes, nem te deixes influenciar pelas propostas da cizânia. 

Enquanto luz o amor, serve e passa.

Deixa que prossiga vicejando o entusiasmo haurido no Bem e nada poderá impedir-te o avanço.

Trabalha-te interiormente o lado negativo da personalidade e luariza-te, harmonizando-te no próprio ideal de produzir para a Verdade.

Com essa disposição chegarás ao túmulo sem recordações infelizes, sem tormentos dispensáveis e com inefável alegria.

Vencendo-te, a ti mesmo, terás conseguido a maior vitória da existência carnal. 


Joanna de Ângelis 

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco na noite de 31 de dezembro de 2004, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

Elucidações de Emmanuel: IDIOTIA



Surge, aqui e ali, quem pergunte por eles, os tiranos que ensoparam o mundo de lágrimas, conhecidos por lamentáveis fazedores de guerra.

Apropriavam-se da autoridade e comandavam o extermínio das cidades que se lhes rendiam sem restrições; passavam, quais ciclones pestilentos, incendiando sítios prósperos, aniquilando homens dignos, abatendo enfermos, desrespeitando mulheres, empalando fugitivos ou decepando os braços de crianças inermes; apareciam por empreiteiros da demolição e do sarcasmo, organizando o cativeiro de povos livres ou formando, em nome da prepotência, as inquisições políticas, nas quais o abuso do poder consagrava a felonia e a traição por bases de governança, a fim de que os quadrilheiros das trevas operassem, impunes; salientavam-se por mandantes dos choques de violência em que os fracos eram irremediavelmente impelidos à queda ou espoliados sem remissão...

Entretanto, nas seges purpuradas e nos palácios faustosos em que transitavam sorridentes, na direção do sepulcro, repontavam, sem que eles mesmos percebessem, as maldições dos sacrificados, o choro das viúvas e dos órfãos, os gritos de horror dos perseguidos quando traspassados pelos últimos golpes, as chamas das fogueiras destruidoras, o sofrimento dos mutilados, as pragas dos feridos agonizantes largados à ventania da noite, o sangue dos campos recobertos de cadáveres insepultos, o frio das necrópoles encharcadas de pranto, o infortúnio dos lares vazios, o protesto das escolas arrasadas, a dor silenciosa dos templos derruídos, os adeuses e os soluços dos mortos.

E ao deixarem o corpo físico, muitas vezes com as honras tributadas aos grandes chefes, no próprio catafalco resplendente de lumes, de permeio com os cânticos e as orações, nos quais se lhes homenageavam os restos, passaram a escutar, terrificados e indefesos, o vozerio de condenação e a algazarra do desespero com que eram recebidos em novo nível de consciência.

Atormentados, então, por muitas das vítimas que não lhes desculpavam a crueldade, humilhados e desditosos, suplicaram da Providência Divina a própria internação provisória em celas de esquecimento e renasceram na esfera do raciocínio deformado e entenebrecido.

Quando passes diante de um irmão torturado por lesões cerebrais irreversíveis, não lhe voltes o rosto, nem recorras à eutanásia inconsciente. Quase sempre, o companheiro situado na provação temporária da idiotia é um gênio fulgurante, reencarnado na sombra, a estender-te o pensamento aflito e mudo, necessitado de compaixão.


Do livro Encontro Marcado, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

                                                          Paz e Luz!

26.4.18




"Ante as portas livres de acesso ao trabalho cristão e ao conhecimento salutar que André Luiz vai desvelando, recordamos prazerosamente a antiga lenda egípcia do peixinho vermelho.
Encantado com as descobertas do caminho infinito, realizadas depois de muitos conflitos no sofrimento, volve aos recôncavos da Crosta Terrestre, enunciando aos antigos companheiros que, além dos cubículos em que se movimentam, resplandece outra vida, mais intensa e mais bela, exigindo, porém, acurado aprimoramento individual para a travessia da estreita passagem de acesso às claridades da sublimação.
O esforço de André Luiz, buscando acender luz nas trevas, é semelhante à missão do peixinho vermelho.
Fala, informa, prepara, esclarece...
Há, contudo, muitos peixes humanos que sorriem e passam, entre a mordacidade e a indiferença, procurando locas passageiras ou pleiteando larvas temporárias.
Esperam um paraíso gratuito com milagrosos deslumbramentos depois da morte do corpo.
"Mas, sem André Luiz e sem nós, humildes servidores de boa vontade, para todos os caminheiros da vida humana pronunciou o Pastor Divino as indeléveis palavras:
- "A cada um será dado de acordo com as suas obras."

- EMMANUEL -



No centro de formoso jardim, havia um grande lago, adornado de ladrilhos azul- turquesa.
Alimentado por diminuto canal de pedra, escoava suas águas, do outro lado, através de grade muito estreita.
Nesse reduto acolhedor, vivia toda uma comunidade de peixes, a se refestelarem, nédios e satisfeitos, em complicadas locas, frescas e sombrias. Elegeram um dos concidadãos de barbatanas para os encargos de rei, e ali viviam, plenamente despreocupados, entre a gula e a preguiça.
Junto deles, porém, havia um peixinho vermelho, menosprezado de todos.
Não conseguia pescar a mais leve larva, nem refugiar-se nos nichos barrentos. Os outros, vorazes e gordalhudos, arrebatavam para si todas as formas larvárias e ocupavam, displicentes, todos os lugares consagrados ao descanso. 
O peixinho vermelho que nadasse e sofresse.
Por isso mesmo era visto, em correria constante, perseguido pela canícula ou atormentado de fome.
Não encontrando pouso no vastíssimo domicílio, o pobrezinho não dispunha de tempo para muito lazer e começou a estudar com bastante interesse.
Fez o inventário de todos os ladrilhos que enfeitavam as bordas do poço, arrolou todos os buracos nele existentes e sabia, com precisão, onde se reuniria maior massa de lama por ocasião de aguaceiros.
Depois de muito tempo, à custa de longas perquirições, encontrou a grade do escoadouro.
À frente da imprevista oportunidade de aventura benéfica, refletiu consigo: 
- "Não será melhor pesquisar a vida e conhecer outros rumos?"
Optou pela mudança.
Apesar de macérrimo, pela abstenção completa de qualquer conforto, perdeu várias escamas, com grande sofrimento, a fim de atravessar a passagem estreitíssima.
Pronunciando votos renovadores, avançou, otimista, pelo rego d'água, encantado com as novas paisagens, ricas de flores e sol que o defrontavam, e seguiu, embriagado de esperança...
Em breve, alcançou grande rio e fez inúmeros conhecimentos. 
Encontrou peixes de muitas famílias diferentes, que com ele simpatizaram, instruindo-o quanto aos percalços da marcha e descortinando-lhe mais fácil roteiro.
Embevecido, contemplou nas margens homens e animais, embarcações e pontes, palácios e veículos, cabanas e arvoredo. 
Habituado com o pouco, vivia com extrema simplicidade, jamais perdendo a leveza e a agilidade naturais.
Conseguiu, desse modo, atingir o oceano, ébrio de novidade e sedento de estudo.
De início, porém, fascinado pela paixão de observar, aproximou-se de uma baleia para quem toda a água do lago em que vivera não seria mais que diminuta ração; impressionado com o espetáculo, abeirou-se dela mais que devia e foi tragado com os elementos que lhe constituíam a primeira refeição diária.
Em apuros, o peixinho aflito orou ao Deus dos Peixes, rogando proteção no bojo do monstro e, não obstante as trevas em que pedia salvamento, sua prece foi ouvida, porque o valente cetáceo começou a soluçar e vomitou, restituindo-o às correntes marinhas.
O pequeno viajante, agradecido e feliz, procurou companhias simpáticas e aprendeu a evitar os perigos e tentações.
Plenamente transformado em suas concepções do mundo, passou a reparar as infinitas riquezas da vida. Encontrou plantas luminosas, animais estranhos, estrelas móveis e flores diferentes no seio das águas. Sobretudo, descobriu a existência de muitos peixinhos, estudiosos e delgados tanto quanto ele, junto dos quais se sentia maravilhosamente feliz.
Vivia, agora, sorridente e calmo, no Palácio de Coral que elegera, com centenas de amigos, para residência ditosa, quando, ao se referir ao seu começo laborioso, veio a saber que somente no mar as criaturas aquáticas dispunham de mais sólida garantia, de vez que, quando o estio se fizesse mais arrasador, as águas de outra altitude, continuariam a correr para o oceano.
O peixinho pensou, pensou... e sentindo imensa compaixão daqueles com quem convivera na infância, deliberou consagrar-se à obra do progresso e salvação deles.
Não seria justo regressar e anunciar-lhes a verdade? não seria nobre ampará-los, prestando-lhes a tempo valiosas informações?
Não hesitou.
Fortalecido pela generosidade de irmãos benfeitores que com ele viviam no Palácio de Coral, empreendeu comprida viagem de volta.
Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dos regatos se encaminhou para os canaizinhos que o conduziram ao primitivo lar.
Esbelto e satisfeito como sempre, pela vida de estudo e serviço a que se devotava, varou a grade e procurou, ansiosamente, os velhos companheiros. Estimulado pela proeza de amor que efetuava, supôs que o seu regresso causasse surpresa e entusiasmo gerais. Certo, a coletividade inteira lhe celebraria o feito, mas depressa verificou que ninguém se mexia.
Todos os peixes continuavam pesados e ociosos, repimpados nos mesmos ninhos lodacentos, protegidos por flores de lotus, de onde saíam apenas para disputar larvas, moscas ou minhocas desprezíveis.
Gritou que voltara a casa, mas não houve quem lhe prestasse atenção, porquanto ninguém, ali, havia dado pela ausência dele. 
Ridicularizado, procurou, então, o rei de guelras enormes e comunicou-lhe a reveladora aventura. O soberano, algo entorpecido pela mania de grandeza, reuniu o povo e permitiu que o mensageiro se explicasse.
O benfeitor desprezado, valendo-se do ensejo, esclareceu, com ênfase, que havia outro mundo líquido, glorioso e sem fim. Aquele poço era uma insignificância que podia desaparecer, de momento para outro. Além do escoadouro próximo desdobravam-se outra vida e outra experiência. Lá fora, corriam regatos ornados de flores, rios caudalosos repletos de seres diferentes e, por fim, o mar, onde a vida aparece cada vez mais rica e mais surpreendente. Descreveu o serviço de tainhas e salmões, de trutas e esqualos. Deu notícias do peixe-lua, do peixe-coelho e do galo-do-mar. Contou que vira o céu repleto de astros sublimes e que descobrira árvores gigantescas, barcos imensos, cidades praieiras, monstros temíveis, jardins submersos, estrelas do oceanos e ofereceu-se para conduzi-los ao Palácio de Coral, onde viveriam todos, prósperos e tranqüilos. Finalmente os informou de que semelhante felicidade, porém, tinha igualmente seu preço. Deveriam todos emagrecer, convenientemente, abstendo-se de devorar tanta larva e tanto verme nas locas escuras e aprendendo a trabalhar e estudar tanto quanto era necessário à venturosa jornada.
Antes que terminou, gargalhadas estridentes coroaram-lhe a preleção.
Ninguém acreditou nele.
Alguns oradores tomaram a palavra e afirmaram, solenes, que o peixinho vermelho delirava, que outra vida além do poço era francamente impossível, que aquelas história de riachos, rios e oceanos era mera fantasia de cérebro demente e alguns chegaram a declarar que falavam em nome do Deus dos Peixes, que trazia os olhos voltados para eles unicamente.
O soberano da comunidade, para melhor ironizar o peixinho, dirigiu-se em companhia dele até a grade de escoamento e, tentando, de longe, a travessia, exclamou, borbulhante:
- "Não vês que não cabe aqui nem uma só de minhas barbatanas? Grande tolo! vai-te daqui! não nos perturbes o bem-estar... Nosso lago é o centro do Universo... Ninguém possui vida igual à nossa!..."
Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinho realizou a viagem de retorno e instalou-se, em definitivo, no Palácio de Coral, aguardando o tempo.
Depois de alguns anos, apareceu pavorosa e devastadora seca.
As águas desceram de nível. E o poço onde viviam os peixes pachorrentos e vaidosos esvaziou-se, compelindo a comunidade inteira a perecer, atolada na lama...

Retirado do prefácio do livro "LIBERTAÇÃO", de André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Paz e luz!

30.6.17

Efeméride: Chico Xavier


Há 15 anos desencarnava Chico Xavier reconhecido por todos como um emissário da paz. Médium, filantropo e um dos maiores divulgadores da Doutrina Espírita, Francisco Cândido Xavier ultrapassou as barreiras religiosas, provando que todos estão abertos às boas mensagens e exemplos. Psicografou de mais de 412 obras que alcançaram mais de 25 milhões de exemplares publicados somente em língua portuguesa.

De personalidade bondosa, dedicou-se sempre ao auxílio dos mais necessitados. O trabalho em benefício do próximo possibilitou ao médium a indicação, por mais de 10 milhões de pessoas, ao Prêmio Nobel da Paz de 1981. No ano de 2012, Francisco Cândido Xavier foi eleito “O maior brasileiro de todos os tempos”, em evento promovido e realizado pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT)



16.6.17

Roma

Em nossa atual viagem de divulgação do Espiritismo na Europa, iniciada a 9 do corrente, foi-nos proporcionada a oportunidade de enunciar conferências em Paris, Dublin, Londres, Bruxelas, Luxemburgo, Mannheim, Stuttgart, Frankfurt, Haya, Estocolmo, Copenhague, Berlim, Bad Honnef, Colônia e agora estamos em Roma…
A experiência iluminativa vem ocorrendo há 34 anos, em diversas cidades de Portugal, Espanha e Suíça e ainda se prolongará até o próximo dia 8 de junho, em Viena.

O que mais nos surpreende é a velocidade do tempo solar, no seu incessante movimento, que tudo transforma, que tudo altera, dando lugar a renovações e realidades cada vez mais complexas.

A princípio, as conferências eram realizadas com dificuldade em razão do preconceito que vigia nas culturas terrestres contra o Espiritismo e que se foi modificando em razão da profundidade dos conteúdos doutrinários dessa ciência de filosofia e moral de caráter religioso que Allan Kardec codificou e apresentou em Paris no dia 18 de abril de 1857.

Em Roma, todavia, foram inevitáveis as evocações do Cristianismo primitivo, as suas grandiosas e inolvidáveis sagas, o período do martirológio, das perseguições inclementes, encerradas durante o período de Diocleciano, um verdadeiro déspota.

Logo após, com o Edito de Milão em 13 de junho de 313, Constantino tornou a doutrina cristã tolerável e o pensamento se expandiu, influenciando a cultura do Ocidente e, de alguma forma, também, a do Ocidente.

Guardadas as devidas proporções, o Espiritismo, na atualidade, demonstrando a imortalidade da alma, por intermédio das comunicações espirituais e a justiça divina por meio da reencarnação, apresenta-se rico de sabedoria confirmada pelos fatos, trazendo de volta a ética de Jesus para alterar por definitivo a sociedade hodierna.

Numa civilização em que se alcançaram os índices mais elevadas de ciência e tecnologia, não se conseguiu tornar a criatura mais humana e mais feliz.

Os elevadíssimos e alarmantes índices de suicídio, a pandemia da depressão, para citar apenas dois dos muitos males avassaladores, demonstram que o cristão esqueceu do Cristo e que as demais doutrinas religiosas não lograram atingir os seus objetivos: tornarem os homens e as mulheres bem-aventurados!

Vemos, melancolicamente, os escombros daqueles tempos heroicos, e a futilidade, assim como a incoerência, dominando mentes e corações que rumam sem esperança e em terrível solidão… 
O Espiritsmo restaura os postulados evangélicos e convida à reflexão sobre o ser e sua imortalidade, convidando à paz e à plenitude através do amor e da renovação moral para melhor. 
Este é o momento para despertar-se e buscar a Vida!
*Divaldo Pereira Franco*

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 01-06-2017

Mediunidade nos caminhos de Paulo


A Federação Espírita do Estado do Ceará receberá Severino Celestino para o seminário “Mediunidade nos caminhos de Paulo” que ocorrerá no dia 25 de junho, às 8h30, no auditório da Federativa. Informe-se!

Confraternização dos Espíritas do Amazonas


A Confraternização dos Espíritas Amazonenses ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 de junho abordando o tema central “160 anos de Espiritismo: conhecimento que acolhe, valores que transformam”. Promovida pela Federação Espírita do Estado. Saiba mais: coneam2017.feamazonas.org.br

Encontro Estadual da Área de Estudo do Espiritismo



Alírio de Cerqueira Filho e Carlos Campetti serão facilitadores do Encontro Estadual da Área de Estudo do Espiritismo que ocorrerá nos dias 8 e 9 de julho, promovido pela Federação Espírita do Estado do Mato Grosso. As transmissões ao vivo serão feita pelo portal da FEEMT e pela FEBtv, no canal 3. Saiba mais.

Escolho Viver, Não ao Suicídio



Um tema ainda considerado tabu e um flagelo que a cada 40 segundos atinge uma família no mundo, será discutido nos dias 30 de junho, 1 e 2 de julho na LBV – Legião da Boa Vontade.
O Seminário “Escolho Viver. Não ao suicídio” está aberto ao público a partir de 12 anos de idade. O objetivo é sensibilizar e prevenir o suicídio. Acesse a programação completa no site www.escolhoviver.org.br e inscreva-se!

As ações que envolvem ouvir, falar, compartilhar e educar podem impedir muitos atentados contra a própria vida.

O evento é realizado pela Federação Espírita do Distrito Federal e conta com o apoio da Federação Espírita Brasileira (FEB), do Centro de Valorização da Vida (CVV), e da Legião da Boa Vontade (LBV).

Participe e convide seus amigos!



ESPIRITUALIDADE E SAÚDE!


Segundo o Evangelho, Jesus teria ensinado que aquele que tivesse fé do tamanho de um grão de mostarda, moveria uma montanha.

Hoje, não apenas espiritualistas afirmam a importância deste atributo da consciência, do espírito, mas, médicos do mundo inteiro levantam debates atestando o papel que a fé e a espiritualidade exercem no processo de cura e recuperação de doenças.

Na verdade, a medicina oriental já vem, há milhares de anos, tratando o homem de forma holística, ao contrário do paradigma atual da medicina no Ocidente, que vê o ser humano como resultado de processos químicos e biológicos.

O corpo é um veículo e quem o dirige é a consciência ou, como muitos dizem, o espírito que nele está encarnado. O espírito preexiste e sobrevive à morte do corpo físico e quando reencarna, traz em seu subconsciente toda a bagagem adquirida em vivências passadas, sejam elas felizes ou dolorosas.

Entre a consciência e o corpo físico existem outros corpos intermediários, mais sutis, além dos centros de força (chakras) responsáveis em fazer a captação de energias provenientes do meio “externo” (fazemos parte do “Todo”, não estamos separados do meio em que vivemos) assim como a circulação e irradiação energética. Quando estas energias não fluem livremente, o corpo adoece. Esta lei é conhecida como psicossomatismo, ou seja, a mente e as emoções influenciam no corpo (e vice-versa).

Para mantermos nosso corpo saudável, além dos cuidados básicos (com alimentação, etc), é preciso buscarmos uma compreensão maior e melhor da vida, assim como o autoconhecimento, evitando o sofrimento desnecessário com os infortúnios pelos quais passamos. Uma mente serena regula a respiração, os batimentos cardíacos e o metabolismo do corpo. E quem consegue viver com serenidade sem fé? O que importa, não é tanto a religião adotada, mas sim, como trabalhamos nossa espiritualidade.

Pesquisas realizadas nos EUA comprovaram que pacientes que receberam preces, mesmo sem saber que estavam recebendo, se recuperaram mais rápido de doenças do que aqueles que não receberam orações. Ou seja, orar por terceiros também produz resultados. Isso fez com que médicos do mundo todo começassem a repensar o papel da religiosidade na vida do paciente, a ponto de discutirem sobre como abordar o assunto na hora do tratamento, sem interferir em suas crenças.

Como vimos, a fé está modificando antigos paradigmas na medicina, ou melhor, está movendo montanhas!

Nós temos potenciais que nem imaginamos. Cabe a nós iniciarmos o processo de autoconhecimento e crescermos em sabedoria, a fim de manifestarmos, cada vez mais, nossa “grandeza divina”.

*Escrito por Victor Rebelo*


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