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6.10.11

A Família dos Ponteiros


A FAMÍLIA DOS PONTEIROS

Seu Onofre era relojoeiro conceituado na cidade do Tempo.

Inventor criativo, atendia a inúmeros pedidos de relógios de parede, sua especialidade.

Havia um, porém, o grande relógio cuco que não estava à venda, pois seu Onofre tinha muita estima pela família dos ponteiros que trabalhava nele.

Era chamado de grande relógio cuco porque, ao chegar meio-dia saía de dentro dele, através de uma portinhola, um passarinho de madeira, cantarolando: Cuco! Cuco! Cuco! Era o cuco Cauby.

A família dos ponteiros, íntimos amigos de Cauby, dividia a ilustre tarefa de marcar o tempo da seguinte forma:

Seu Veloz, muito esguio, passeava rápido pelo relógio, indicando os segundos.

Sua esposa, Dona Paciência, não tão esguia e ágil quanto o marido, mostrava os minutos, dando um passo para frente toda vez que era ultrapassada por ele.

Horácio, o filho do casal, deveria por sua vez, bem devagar, contribuir para o ofício dos pais, assinalando as horas.

Mas havia um problema.

Horácio era pouco prestativo. Não deixava o número 12, por isso sempre que a família se encontrava, o relógio acusava meio-dia, hora de almoço, festa para todos porque o cuco Cauby surgia chamando:

– Cuco! Cuco! Cuco!...(12 vezes)

Dona Paciência, muito amorosa, chamou a atenção do filho:

– Horácio! Você precisa trabalhar, dar a sua parcela de auxílio na nossa casa, que é o grande cuco, por gratidão em tê-la nos abrigando.

– Ah, mãe! – respondia, preguiçoso. Para que eu me mexer? Vocês já fazem o suficiente por mim e por vocês. Além disso, é até bom ficar aqui parado, a hora do almoço vem mais depressa.

– Não, meu filho! – redargüiu Dona Paciência. Não basta querer simplesmente que seja hora do almoço. Seu Onofre sabe quanto demora até lá!

– Claro que não, mãe! A gente é que mostra para ele.

E, embora a mãe o alertasse para a importância da sua cooperação, Horácio evitava fazer a sua parte, preferindo ficar ocioso, vendo Cauby e os pais trabalhando, trabalhando...

Seu Onofre percebeu, contudo, haver algo errado. Por que o cuco estaria cantando antes da hora?

Tomou do relógio, procurando o defeito e logo constatou ser o pequeno ponteiro Horácio o causador da confusão.

Entristecido, viu-se forçado a desmontar o grande cuco que, defeituoso, só lhe causaria contratempos.

Aproveitou as peças perfeitas na fabricação de um novo modelo, ficando Horácio, o único que não colaborava, esquecido na carcaça do velho relógio.

Cedo a solidão fez de Horácio um ponteiro triste. Ah! Se pudesse reviver a alegria das horas! Mas sozinho!? Impossível!

Cauby, Seu Veloz e Dona Paciência continuaram no cumprimento do dever que lhes cabia, agora em outra engenhoca.

Seu Onofre notou, todavia, falta de entusiasmo no canto de Cauby e desânimo nos passos do casal de ponteiros amigos. Foi quando indagou o motivo da tristeza:

– Sabe o que é, Seu Onofre – respondeu Seu Veloz, o ponteiro dos segundos – sentimos falta de Horácio. Não que não gostemos do novo companheiro que marca as horas, mas Horácio é nosso filho!

E Cauby falou da falta que lhe fazia o amigo.

Enternecido, Seu Onofre decidiu remontar o antigo relógio, mesmo não funcionando direito. Importante era, para ele, a felicidade de todos. Recolocou as peças na velha carcaça e ... surpreendeu-se ao verificar o ponteiro das horas trabalhando feliz e com precisão.

Horácio, enfim, havia aprendido a lição.
Apostila FEP


abçs


4.10.11

A Fé de Uma Criança

Ilustração: Gustavo Reis

Foi na África Central. No abrigo improvisado pelas missionárias, uma mulher morreu ao dar à luz um bebê prematuro.

Sua filhinha de dois anos começou a chorar e não havia o que a consolasse.

O bebê foi colocado em uma caixa e envolto em panos de algodão. Bem depressa alguém foi alimentar o fogo para aquecer uma chaleira de água para a bolsa de água quente.

Mas não havia bolsa para água quente.

Ele foi enrolado o melhor possível e as enfermeiras começaram a se revezar, para o manter o mais aquecido possível.

Na tarde seguinte, a missionária foi orar com as crianças do orfanato. Contou a respeito do bebê, da necessidade de uma bolsa de água quente. Também falou da irmãzinha que não parava de chorar, porque a mãe morrera.

Então, uma menina de 10 anos se ergueu e orou em voz alta:

- “Por favor, Deus, manda-nos uma bolsa de água quente. Amanhã talvez já seja tarde, Deus, porque o bebê pode não agüentar. Por isso, manda a bolsa ainda hoje.

E... Deus, já que estás cuidando disso mesmo, por favor, manda junto uma boneca para a maninha dele, para que saiba que também a amas de verdade.”

A missionária nem conseguiu dizer Assim seja. Poderia Deus fazer aquilo?

Como chegar ali, na linha do Equador, uma bolsa de água quente e uma boneca? Só se ela encomendasse em seu país e levaria meses para chegar.

Ainda naquela tarde, um carro estacionou no portão da casa e deixou um pacote de 11kg na varanda.

As crianças do orfanato rodearam o pacote e acompanharam a abertura.

Havia roupas coloridas e cintilantes, ataduras, caixinhas de passas de uva e farinha.

Mas... bem no fundo, uma bolsa de água quente, novinha em folha!

A garota que pedira a bolsa, na prece, gritou:

“Se Deus mandou a bolsa, mandou também a boneca.”

E lá estava ela. Linda e maravilhosamente vestida.

Olhando para a missionária, Rute perguntou:

- “Posso ir junto levar a boneca para aquela menina, para que ela saiba que Deus a ama muito?”

O pacote fora enviado há 5 meses, por iniciativa de uma ex-professora da missionária, que resolveu remeter uma bolsa de água quente, sem mesmo saber porquê.

Uma das suas auxiliares, ao fechar o pacote, decidiu mandar uma boneca.

Tudo isso, cinco meses antes, em resposta a uma oração de uma menina de 10 anos que acreditou, fielmente, que Deus atenderia a sua oração, ainda naquela tarde.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita com base em texto traduzido pelo Rev. Oscar Lehenbauer e adaptado por Áureo Pinto.

Paz a todos...



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