28.10.11

Mediunidade: PSICOGRAFIA // TRANSFIGURAÇÃO

Outra forma de incorporação parcial é a manifestação escrita cujo nome técnico é psicografia.

A maioria dos estudiosos da doutrina inclui esta faculdade no rol dos efeitos físicos, mas julgamos mais conveniente inclui-la como incorporação parcial, justamente porque se trata de uma incorporação parcial.

O Espírito comunicante utiliza-se do braço e mãos do médium, previamente postos em condições de abandono e após um treinamento mais ou menos trabalhoso.

Normalmente o médium permanece nos estados consciente ou semiconsciente e é através desta modalidade preciosa que nos têm vindo as mais puras gemas da literatura espírita.

Seu melhor aspecto é quando o Espírito comunicante consegue a completa insensibilidade do braço do médium, porque assim este não oferece resistência alguma de caráter reflexo e a comunicação pode durar longo tempo sem que haja cansaço para o médium.

Há todavia médiuns que escrevem comunicações ditadas pelos Espíritos sem que estes exerçam ação mecânica sobre o braço do médium. Nestes casos o fenômeno é unicamente telepático e não psicográfico, como mais para diante veremos.

Pela psicografia são produzidos os desenhos mediúnicos e outros trabalhos em que o Espírito se utiliza das mãos do médium, diretamente, e sem interferência deste.
TRANSFIGURAÇÃO 

A transfiguração, em sua natureza intima, é aparentemente um efeito físico, porém, segundo os pontos de vista deste nosso estudo, deve ser classificada como incorporação. 

O Espírito operante atua sobre o médium, adormece-o e o desliga parcialmente do corpo denso e o. faz para provocar um relaxamento dos centros nervosos e, consequentemente, dos tecidos orgânicos da região que pretende modificar em seu aspecto. 

Em seguida se interpõe entre o perispírito desligado e esse corpo denso, de forma a poder assumir o comando dos conjuntos orgânicos pertencentes ou ligados à região onde quer operar. 

O parcial desligamento do médium produz um estado de liberação dos tecidos e centro nervosos dos quais o espírito operante assume então, como dissemos, o comando. 

Com sua vontade age êle fortemente, atraindo ao seu próprio perispírito, que passa então a servir de molde temporário, os tecidos relaxados e indefesos da região visada, os quais então se vão adaptando, acomodando-se, ao novo molde e assim aparentando as formas e demais características orgânicas do Espírito operante. 

Diz-se comumente que nestes casos há uma sobreposição de perispíritos, porém se fosse só isso o fenômeno seria visível somente para videntes porque todo ele se passaria no campo do invisível, o que nem sempre se dá; e se a sobreposição fosse do corpo denso do Espírito operante, teria havido uma materialização, caso então em que seriam visíveis dois corpos e não um somente. 

Diz-se que há superposição porque o fenômeno se passa nos limites, no âmbito do corpo físico do médium, utilizando-se o Espírito operante dos próprios elementos constitutivos desse corpo. 

De qualquer forma estes fenômenos são raros e por isso merecem estudo especial: o que atrás dissemos representa somente uma ligeira contribuição a  esse estudo.

Livro: Mediunidade
Autor: Edgard Armond

Paza todos...

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