28.11.15

O Passe Espírita IV :Condições Físicas do Médium Passista


Deste ponto de visualização, poderia parecer à primeira vista que apenas aqueles que têm bom condicionamento físico são passíveis de aplicar passes. É fora de dúvidas que uma saúde perfeita, um corpo sem doenças, favorecerá enormemente na função de uma boa doação fluídica, transmitindo de uma forma mais harmônica e profunda os fluidos salutares. Mas, por todo o estudo que até aqui sintetizamos, é bem fácil verificar que isso não é tudo; afinal, são inumeráveis os casos de pessoas que são socorridas por outras mais débeis e frágeis fisicamente, mas, nem por isso, os alcances são menos expressivos.

Todavia, neste trabalho, de modo algum estamos querendo menosprezar o valor do equilíbrio orgânico do médium passista, notadamente daquele que doa as suas próprias energias.

Vejamos como pensa Michaelus em seu Livro Magnetismo Espiritual: " Um corpo sem saúde não pode transmitir aquilo que não possui; a sua irradiação seria fraca, ineficaz e mais nociva do que útil, para si e para o doente".

"Deve-se, entretanto, distinguir entre uma pessoa incessantemente doente da que é apenas atingida de uma doença local, um mal de estômago, dos rins, etc., embora de caráter crônico." (Michaelus, no mesmo livro, cap 7).

Apesar de parecer contraditório, a saúde é importante ser velada, mas, de igual modo, não é tudo. Afinal, como o fluxo magnético provém não só do corpo senão essencialmente da alma, é desta que devemos cuidar em primeiro lugar. Só que é indissociável o cuidar de uma sem o zelar da oura. Outrossim, o estado físico, por si só, não diz tudo o que precisa ser observado; já dissemos em outros capítulos, que a mentalização negativa destrói, desintegra, perturba nossos campos fluídicos equilibrados e equilibrantes, donde fácil concluir que o físico não é sobrevalente ao estado mental.

De forma alguma, como já expressamos acima, queremos dizer que o zelo pela saúde não seja necessário, pois, o é realmente. Em primeiro lugar por estarmos cuidando do veículo de manifestação de nosso espírito na terra, para através dele poder aprender, viver e obrar. Em segundo lugar que aquele que doa algo, deverá profundamente se preocupar com o que estar doando, para que não prejudique aquele que recebe, ao invés de o ajudar.

Preocupamo-nos aqui, também com a alimentação, pois conforme André Luiz nos diz em seu Livro Missionários da Luz, cap 19: " "O excesso de alimentação produz odores fétido, através dos poros, bem como das saídas dos pulmões e do estômago prejudicando as faculdades radiantes devido às desarmonias que geram no aparelho gastrointestinal. O álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores e salutares".

A saúde, como podemos verificar, é uma das condições primordiais para o trabalho do passe.

Se o médium não tem uma saúde, ao menos, harmônica, como poderá transmiti-la?.

Os fluidos que saem através do passista é lógico que vão impregnados de saúde ou de mazelas segundo a situação de que o médium se encontre.

A vontade que movimenta os fluidos regeneradores, capazes de re-harmonizar o perispírito ou o organismo enfermiço, pode manipular fluidos deletérios pelo mesmo mecanismo, criando ou até mesmo acentuando males em curso de instalação ou de desenvolvimento. O passista poderá receber fluidos puros, estes, porém, serão tisnados ao contato de suas próprias emanações individuais que lhe alteram o teor regenerativo, poluindo-os antes de transferi-los ao amigo enfermo.

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