22.1.11

Aborto I



1 – Todas as religiões condenam o aborto. E a Doutrina Espírita?

O Espiritismo também o situa como crime. Vai mais longe: demonstra as conseqüências do aborto, sempre funestas, envolvendo compromissos cármicos para a gestante. E também para aqueles que o estimulam ou favorecem – seus pais, o pai da criança, amigos inconseqüentes… Comprometem-se, igualmente, médicos e parteiras que o executam.

2 – O movimento feminista, que se bate pelo direito ao aborto, proclama que a mulher é dona de seu corpo e deve ter o direito de decidir se quer asilar um filho em seu seio…

Se levarmos esse raciocínio às últimas conseqüências deveremos admitir o infanticídio, racionalizando que a mulher tem o direito de decidir sobre um ser que gerou e pôs no mundo. Ninguém contesta que isso seria um absurdo, um crime inominável. E por que haveria de ser diferente, enquanto o filho ainda mora em seu ventre?

3 – Em nenhuma circunstância pode-se admitir o aborto?

Como já comentamos, na questão 359, de O Livro dos Espíritos, os mentores que orientavam Kardec advertem que só é admissível o aborto induzido quando há grave risco de vida para a gestante. Oportuno acrescentar: com a evolução da Medicina, dificilmente se configura, hoje, uma situação dessa natureza.

4 – O que acontece com o Espírito reencarnante, no aborto?

Como não se completou a reencarnação, tenderá a reassumir sua personalidade, o que era antes de iniciar o mergulho na carne. O Espírito menos desenvolvido mentalmente pode situar-se, transitoriamente, como um recém-nascido no mundo espiritual, entregue aos cuidados de familiares desencarnados ou instituições especializadas.

5 – Há mulheres que caem em depressão, após praticarem o aborto. Tem algo a ver com a influência do reencarnante?

Tratando-se de um ato que contraria as leis divinas, a gestante que praticou o aborto experimentará conflitos íntimos indesejáveis, nas sanções da própria consciência. Pode, também, sofrer represálias por parte do reencarnante, quando este venha a se revoltar com o fato de ter sido rejeitado e expulso.

6 – Quando ocorre o aborto espontâneo, podemos debitá-lo a um problema cármico, envolvendo o filho e a mãe?

Nada acontece por acaso. Pode ser a conseqüência de uma recusa à maternidade no pretérito, envolvendo, não raro, o aborto criminoso. Quanto ao filho, ele pode estar comprometido com o mesmo crime ou com o desvario do suicídio, colhendo agora a frustração do anseio de reencarnar, com o que aprenderá a valorizar a vida.

7 – E quando a mulher pratica o aborto, por recusar-se à maternidade? Sendo algo de sua iniciativa e não um problema cármico, como situar a ocorrência para o Espírito que reencarnaria como seu filho?

Se tiver um mínimo de esclarecimento, a encarará como um acidente de percurso, determinado pela imprudência daquela que deveria recebê-lo. Será uma experiência a mais, envolvendo frustrações próprias da Terra. Elas nos ajudam a amadurecer. Ao longo de múltiplas existências, conscientizam-nos de nossas responsabilidades e deveres.

8 – Se o Espírito tem compromissos com seus futuros pais e a necessidade de reencarnar, continuará tentando?

Provavelmente, com a colaboração de mentores espirituais que buscarão ajudá-lo a superar a resistência do casal. Não é difícil, por isso, que em sucessivos abortos criminosos encontremos o mesmo Espírito intentando retornar à carne e sendo rejeitado.


Richard Simonetti
Do livro: Reencarnação: Tudo o que você precisa Saber

bjs,soninha


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