22.10.11

Mediunidade; INCORPORAÇÕES PARCIAIS e TRANSMENTAÇÃO



INCORPORAÇÕES PARCIAIS

Em seu livro “Nos Domínios da Mediunidade” André Luiz, que é autoridade na matéria, mostra como o fenômeno se desenrola do lado de lá, no caso de doutrinação de espíritos sofredores; dá à incorporação inconsciente o título de psicofonia.

Ele mostra casos de médiuns, que se desligam do veículo corporal,permanecem conscientes até mesmo ajudando no trabalho dos espíritos, o que prova tratar-se de médium de excepcional educação mediúnica.

Porém, visto do lado de cá, o fenômeno tem aspecto diferente pois que o médium, para nós, permanece realmente em estado de inconsciência.

Já vimos que a forma consciente é um efeito meramente telepático, o Espírito comunicante agindo como transmissor e o médium como receptor; que a semi-consciente é um avançamento no sentido da posse do corpo do médium pelo Espírito comunicante; e que a inconsciente é uma inteiração dessa posse, com a indispensável exteriorização do Espirito do médium, de tudo se concluíndo que incorporação realmente só se dá no último caso citado.

Há todavia e ainda, incorporações parciais. dentre  as quais anotamos as que  se seguem e cujos característicos às colocam em situação de superioridade  sobre as demais, do ponto de vista qualitativo. 

TRANSMENTAÇÂO 

Trata-se de uma — incorporação mental — que é sem a menor dúvida uma forma típica de incorporação parcial. 

Como seu nome o indica esta modalidade é o processo mediante o qual o Espírito comunicante se assenhoreia da mente do médium, colocando-o em estado de inconsciência ou semi-consciência e assim exerce domínio, mais ou menos completo, sôbre os campos físico e psíquico individuais. 

O que caracteriza e distingue esta modalidade, em relação às demais já conhecidas, é o seguinte: 

1º) não há transmissão telepática, como ocorre nas formas conscientes e semi-conscientes já estudadas; 

2º) não há incorporação física,com exteriorização do Espírito do médium,como ocorre na forma inconsciente; 

3º) não é indispensável a presença do Espírito comunicante que, as vezes, atua à distância; 

4º) o médium não perde sua capacidade ambulatória nem há inibição de qualquer natureza para o lado do seu corpo físico; 

5º) o médium não é submetido a sono sonambúlico e nenhuma interferência anímica se pode dar; 

6º) opera-se uma substituição, ou melhor uma sobreposição da mente individual do médium pela do Espírito comunicante que fica, assim, com inteiro domínio físico do médium, pelo comando  dos centros 
cerebrais e anímicos. 

Como bem se compreende, para esta forma de mediunidade exigem-se médiuns especiais, dotados de sensibilidade apurada, de perfeito equilibro psíquico. Pode-se dizer que esta é uma mediunidade de exceção (20).
 
(20) Conhecemos casos de artistas, pintores, músicos, poetas, e outros, que produzem muitas de suas obras por meio ou com o auxílio desta modalidade de incorporação.

Por outro lado trata-se de um processo de eleição para comunicação de Espíritos superiores, dotados de alta capacidade mental, os quais, sem abandonar os planos que lhes são próprios no mundo espiritual e utilizando-se de energias cósmicas ainda pouco conhecidas, lançam seus pensamentos através do espaço,estabelecem contacto com o médium, assenhoreiam-se de suas mentes e, através delas, filtram suas idéias e pensamentos. 

Este processo tem curso preferencial quando ditos Espíritos, por quaisquer circunstâncias, não desejam atravessar as espessas, rudes e baixas camadas espirituais ligadas ao planeta e resolvem assim manifestar-se a grandes distâncias. 



Livro: Mediunidade
Autor: Edgard Armond

Muita paz a todos...

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