2.3.11

Um relógio para a doente



Um confrade presenteou o Chico com um belo relógio de pulso. Aceitou-o, porque o confrade insistiu muito.

Andou vários dias com ele, admirando-lhe a pontualidade.

Mas um dia, a caminho do serviço, lembrou-se de saber, rapi­damente, como ia Dona Glória, a quem na véspera dera um passe e para quem Bezerra receitara uns remédios homeopáticos.

- Então, está melhor, Dona Glória. Tomou pontualmente os remédios?

- Um pouco melhor, Chico. Só não tenho tomado os remédios com pontualidade, porque, como você sabe, sou pobre e ainda não pude comprar um relógio...

- Por isto não.

E tirando do pulso o relógio que ganhara, disse-lhe sem mais delongas:

- Fique com este como lembrança.

E deixando a irmã surpresa e emocionada, o Médium partiu, dizendo-lhe na costumeira despedida:

- Fique com Deus! Deus a proteja!

Como a senhora está precisando de relógio, este deve ser seu.


Livro: Lindos Casos de Chico Xavier - 47
Ramiro Gama


bjs,soninha


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