27.6.11

O Lavrador e a Enxada


Chico Xavier, ainda hoje e há mais de vinte anos, é empregado na Fazenda de Criação do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo.

Certa manhã, caminhava para o trabalho, atravessando largo trecho de campo no rumo do escritório, meditando sobre os tra­balhos mediúnicos a que se confiava.

As exigências eram sempre muitas.

Como agir para equilibrar-se na tarefa? Surgiam doentes, pedindo socorro...

Aflitos rogavam consolação.

Curiosos reclamavam esclarecimentos...

Ateus insistiam pela obtenção de fé.

Os problemas eram tantos!

Quando curvava a cabeça, desanimado, aparece-lhe Emmanuel e aponta-lhe um quadro a pequena distância.

Era um lavrador ativo, manejando uma enxada ao sol nascente.

- Reparou? - disse ele ao Médium - guiada pelo cultivador, a enxada apenas procura servir.

Não pergunta se o terreno é seco ou pantanoso, se vai tocar o lodo ou ferir-se entre as pedras... Não indaga, se vai cooperar em sementeira de flores, batatas, milho ou feijão... Obedece ao lavrador e ajuda sempre.

Logo, após, fez uma pausa, e considerou:

- Nós somos a enxada nas mãos de Jesus, o Divino Semeador. Aprendamos a servir sem indagar.

Chico, tocado pelo ensinamento, experimentou iluminada renovação interior, e disse:

- É verdade! o desânimo é um veneno...

- Sim, - concluiu o orientador - a enxada que foge à glória do trabalho, cai na tragédia da ferrugem. Essa é a Lei.

O benfeitor despediu-se e o Médium abraçou o trabalho, naquele dia, de coração feliz e a alma nova.

Livro: Lindos Casos de Chico Xavier - 57
Ramiro Gama

 bjs,soninha

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